terça-feira, 1 de setembro de 2015

ESTADO DE GRAÇA

Imagina o cenário após uma noite de temporal forte
arrasadora, sem dó nem piedade, esmagadora.
Depois, de repente, o céu abre-se em azuis suaves
tremendamente incríveis, doces, aprazíveis
e os raios solares reaparecem para abrir sorrisos
que iluminam, que dão vida a cantos, becos e recantos.

O sol beija, e sem que se espere, prantos e soluços
atraindo o canto dos pássaros, sem guarida
que regressam felizes para o espaço esfaimado 
mais que a vontade dos nossos braços
como que a reverenciar a presença dos deuses
que passeiam imensamente à vontade pela minha casa.

É esse lindo esplendor de vida, essa  essência de ti
essa imensidão toda, que só tu me entregas
quando voltas para mim, dizendo só o meu nome
que me faz piamente acreditar nas miragens
no murmúrio das nascentes, no canto dos cisnes
no som da água dos regatos, nas brisas
no fim da fome e das guerras e nas pazes no mundo.

Não preciso de mais nada. Estou em estado  de graça.


CÉU

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